A bola para o menino, boneca para a menina. O preconceito com o futebol feminino começa mais cedo do que imaginamos.

Mesmo com os incentivos que a modalidade tem tido, o desenvolvimento da categoria ainda é embrionário. A falta de formação e a pouca aposta dos clubes é outro ponto crucial, a falta de condições de treino e de instalações é outra. É necessário uma maior aposta na qualidade das instalações desportivas para apoiar o futebol feminino, pois, terá que existir sempre uma separação na partilha de balneários.

As diferenças do futebol feminino para o masculino ainda são abismais nesta fase, começando pelo futebol de formação até ao futebol profissional.

O preconceito existe.

Há quem diga que mulher não entende nada de futebol, não conhece as regras e a filosofia de jogo, que vão aos jogos para ver os jogadores masculinos, que o seu lugar é em casa.

Nada mais errado.

Há décadas que as mulheres lutam pelo seu espaço na sociedade. No futebol não é diferente. É cada vez mais comum a presença feminina dentro e fora das quatro linhas:

  • Mães a apoiar e a levar os seus filhos / filhas aos treinos e jogos
  • Jogadoras
  • Treinadoras
  • Selecionadoras
  • Massagistas
  • Preparadoras Físicas
  • Delegadas
  • Árbitras
  • Diretoras
  • Presidentes
  • Jornalistas
  • Formadoras
  • Psicólogas
  • Nutricionistas
  • E muitas mais…

Longe vão os tempos em que os estádios e campos de futebol eram preenchidos exclusivamente por homens, felizmente hoje a moldura humana num estádio e num campo, está repleta de mulheres, a sua presença é algo completamente normal. Das bancadas para o relvado foi um passo.

Hoje já temos equipas femininas em vários escalões da formação, campeonatos distritais e nacionais, europeus, mundiais, Liga dos Campeões, etc.

A posição da mulher do futebol veio para ficar e está em crescendo. É verdade que ainda falta caminhar muito para atingir a igualdade em todos os sentidos, mas estamos no bom caminho e a luta está a ter resultado.

Citando a diretora do departamento de futebol feminino da FIFA, Sarai Bareman:

A dirigente enalteceu “o momento fantástico” que o futebol feminino vive em Portugal. É tempo de mostrarem o que é possível para Portugal, em 2017/2018 contam-se 8721 praticantes femininos nas modalidades de Futebol e Futsal.

Vimos isso na equipa masculina e para a equipa feminina diria para acreditar a cem por cento em si mesma, na sua capacidade, na sua paixão, para se aplicar ao máximo e dar cem por cento do primeiro ao último minuto. Que as jogadoras acreditem nelas próprias

É importante usar este momento para desenvolver o futebol feminino ao nível dos clubes e das suas camadas jovens”, disse, sublinhando a premência da criação de mais academias.

Finalmente, a dirigente da FIFA vincou a sua convicção de ver um dia o futebol feminino atingir uma maior igualdade salarial com o futebol masculino, ao salientar os crescentes movimentos pela igualdade de condições entre géneros e que o futebol não deve viver ‘divorciado’ do mundo empresarial.

Se há mulheres que estão a jogar futebol todos os dias, a darem o máximo e a fazerem do futebol a sua vida, então precisam de ser valorizadas pelo que estão a fazer. É importante que o seu salário reflita isso

“UM DIA, AS MULHERES IRÃO GANHAR O MESMO QUE OS HOMENS NO FUTEBOL”

Bem-vindas ao mundo do futebol e ao Futebol de Formação, o futebol ganha com a vossa presença.

Neste DIA DA MULHER, o FDF – Futebol de Formação deseja um dia feliz e endereça os parabéns a todas as mulheres, com especial reforço às jovens praticantes, suas mães pelo seu trabalho incansável e às colaboradoras do FDF.

Sugerimos a visualização da grande reportagem da SIC

Foto:SIC

 

 

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