Clube Futsal Oeiras e Estoril Praia Futsal, dois clubes que nos apoiam desde o primeiro dia do “Somos Todos Futsal“, defrontaram-se, no passado fim de semana, no escalão de Benjamins.

No decorrer deste jogo, o C.F.Oeiras marcou um golo quando um jogador do Estoril Praia se encontrava lesionado.

Uma vez que a bola já tinha entrado na baliza e o jogo não tinha sido interrompido, o árbitro (que é quem dirige a partida), não podia anular aquele golo, mesmo que o treinador da equipa que beneficiou desse golo lhe demonstrasse ser essa a sua pretensão. É esta a regra, como todos sabemos.

O treinador do C.F.Oeiras, procurando repôr alguma justiça nesta situação, pediu aos seus atletas que deixassem a equipa adversária marcar um golo assim que o jogo recomeçasse. E assim aconteceu, como o vídeo ilustra.

Publicamos este vídeo que nos foi enviado para demonstrar como a situação, na realidade, ocorreu. Felizmente, a mensagem que o vídeo transmite é positiva, o que nem sempre acontece. Mas mesmo em ocasiões menos positivas, publicaremos os vídeos que nos forem enviados, se os considerarmos relevantes no contexto do projeto STF.

A lição mais importante a retirar desta situação apoia-se na demonstração de boa formação e bons valores que teve lugar de seguida. Estariam, aproximadamente, 24 crianças naquele jogo e, provavelmente, todas questionaram os seus treinadores quanto ao porquê daquela situação pouco usual em que todos os jogadores de uma equipa pararam para que a equipa adversária marcasse um golo.

A todas foi explicada a injustiça de uma equipa beneficiar de um golo quando um adversário da outra equipa se encontra lesionado.

Esta mensagem demonstra às crianças que não vale tudo e, como tal, é uma enorme vitória para a formação desportiva, para a formação do atleta e do ser humano.

Deixamos aqui um grande abraço ao atleta do C.F.Oeiras, que de alguma forma se pode sentir culpado pela situação. Não vamos julgar a criança que inicialmente marcou o golo com um jogador lesionado, porque vendo o lance ficamos com a ideia de que ela pode nem se ter apercebido desse facto. Depois porque o jogador é demasiado jovem para ser alvo de um julgamento negativo.

Deixamos também um abraço ao treinador o C.F.Oeiras, João Somsen Diogo, pela decisão tomada naquele momento.

Treinadores: há sempre forma de corrigir algo que possa ter acontecido e que não seja ético. E podemos corrigir sem castigar pois essas correções serão lições para as crianças e que as acompanharão para a vida. Acreditem!

Fonte: SOMOS TODOS FUTSAL

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