O NOVO DIRIGENTE / DELEGADO DESPORTIVO


Abordo hoje neste meu primeiro artigo, um tema cada vez mais actual, no futebol amador, que têm trazido algum de novo ao mesmo, e que na minha opinião deverá ser tido em conta com muito cuidado por todos os responsáveis associativos, em face do seu aumento exponencial nos últimos anos, associado ao acréscimo do numero de equipas dos escalões de formação em futebol 11 e futsal e dos lúdicos em futebol 9 ; 7 e futsal, e que é a chegada de um elevado numero de dirigentes / delegados aos jogos, sem nenhuma formação para esse efeito apesar da sua enorme bondade e vontade de colaborar com os clubes onde jogam os seus filhos.

Com a dificuldade cada vez maior da existência de dirigentes desportivos amadores, estas pessoas deviam ser acarinhadas e incentivadas a ficarem no dirigismo e a contribuírem de forma positiva para a renovação cada mais urgente e necessária do mesmo, pois se essa situação não vier a ocorrer a breve prazo ,muitos dos actuais clubes terão tendência a entrarem num declínio acentuada e mesmo à sua morte , porque estarão sempre dependentes da continuação no activo de dirigentes que muitos e largos anos ao serviço dos mesmos muitas vezes com excelentes resultados , mas que como todo na vida não são eternos. Deste modo caberá a todos os envolvidos , estarmos atentos a esta nova situação e tomar medidas em prol da sua fidelização ao futebol amador e na sua conquista para o dirigismo .

Temos de acabar de vez com o dirigente ”cola vinhetas e que preenche fichas de jogo “ , e munir os mesmos de formação adequada para as importantes funções que desempenham , pois acabam de ser em função dos regulamentos em vigor , os representantes máximos dos clubes nos jogos em que estão a desempenhar essas funções perante terceiros . Muitos treinadores e jogadores terão igualmente que mudar comportamentos em relação a estes dirigentes e perceberem, a sua importância para o sucesso colectivo do grupo e para o bem estar e protecção do mesmo ,e nunca poderão vê-los como um acessório infelizmente necessário para as tarefas administrativas “chatas “ que existem obrigatoriamente em função da regulamentação.

Termino este texto, agradecendo a todos aqueles que acabam por se rever neste texto, pelas suas tarefas muito importantes para que existam jogos e competições com qualidade, e que todos os fins-de-semana dão o seu melhor de si, sendo a maioria deles verdadeiros autodidactas ,e que nós na AFL estamos atentos a este novo fenómeno desportivo e brevemente serão lançados programas para contribuírem para a sua formação e esclarecimento dos seus deveres ; obrigações e dos seus direitos como novos dirigentes desportivos amadores.

BEM VINDOS AO MUNDO DO FUTEBOL AMADOR !

5 Comentários

  1. Fernando
    14 Fevereiro, 2016
    Responder

    Boa noite amigo Loureiro tens toda a razão neste artigo mas para quando ações de formação para estes responsáveis como dizes que não queres os cola vinhetas quem está apto a dar este tipo de formação? quem se quer expor a este tipo de ações?
    Como bem sabes cada dia que passa é mais difícil de ter gente com responsabilidade nos clubes e a grande maioria são diretores das equipas enquanto os filhos lá estão porque realmente quem é mesmo do clube e de coração não está por vezes para andar a levar com pais que não tem a minino de formação e que só pensam nos filhos e que pensam que é ali que está o futuro dos miúdos e que é ali que eles vão explodir todas as suas frustrações tanto do dia de trabalho como da semana de trabalho e muitas vezes os jogadores frustrados que foram…
    Enfim o futebol formação com a sua enorme exigência tem de ter mais respeito de todos os intervenientes e tem de começar pelos pais que são os primeiros a poder dar estabilidade aos futuros diretores porque tem de os respeitar, para poderem depois sim exigir mais qualidade.

    • José Loureiro
      14 Fevereiro, 2016
      Responder

      Bons Dias Caro Fernando

      Agradeço desde já o seu comentário que relata o dia a dia da grande maioria dos nossos clubes amadores .
      Teremos todos juntos que encontrar a melhor solução para este problema , e na minha opinião terá que passar por acções de formação sem quaisquer encargos para os clubes e para esses elementos de forma a podermos cativá-los para o dirigismo em prol do futebol .
      As associações , federações , entidades governamentais e a própria assembleia da republica não se podem demitir das suas responsabilidades , e um primeiro passo é a publicação urgente do estatuto do dirigente desportivo amador que reconhece o papel muito importante do mesmo .

  2. FERNANDO
    14 Fevereiro, 2016
    Responder

    Caríssimo Loureiro
    Não é só as Federações e Associações mas sim também os responsáveis dos Clubes/associações pois também temos a nossa responsabilidade não podemos também querer dominar todos os aspetos ou mesmo os diretores mas sim dar autonomia balizada e apoiar e desenvolver a cultura do próprio clube sei que não é fácil e que também no meu tenho essa dificuldade mas mais por falta de tempo de todos os intervenientes, mas estou e estarei sempre disponível para dar o meu contributo em qualquer ação que seja necessário estar presente deixo a todos este desafio que acho que está na altura de pararmos de falar e começarmos a atuar.
    Viva o DIRIGISMO AMADOR
    Abraço

  3. emanuel
    10 Abril, 2017
    Responder

    boas tardes
    Não costumo comentar mas como li o seu artigo e não concordo totalmente vou lhe colocar uma questão sobre a parte do cola vinhetas sendo eu presidente , diretor e treinador de um clube amador. Principal razão na minha opinião são as associações que todos os anos a mando da AFL inpingem mais e mais papeis e fichas essas que nem os arbitros sabem muito para que serve nem alguns preencher e depois multam clubes por mal preenchimento das mesma. Basta serem amadores e a perder o seu tempo de estar com a familia para ajudar no futebol e os que estao sentados a inventarem papeis , formularios , etc etc… SIMPLIFIQUEM e deixem-se de teorias de formação para arrecadarem mais alguns euros como é habito

    • Jose Loureiro
      10 Abril, 2017
      Responder

      Boas Caro Sr. Emanuel

      Respeitando a sua opinião , e enaltecendo a sua dedicação ao futebol amador , venho desta forma esclarecer o seguinte :
      1) A Imposição da existência das fichas de jogo , em todos os jogos do futebol federado e em duplicado não é da AFL , mas sim da propria estatura organizativa das competições , ou seja da família do futebol .

      2 ) Essa situação é obrigatória pois é o único meio atualmente existente que permite controlar que os jogadores e dirigentes que estão presentes num jogo de uma competição federada estão habilitados e aptos para tal.

      3 ) A AFL reconhecendo o aspeto burocrático que essa situação implica , aprovou que a segunda ficha ( pois têm que ser entregues em duplicado ) , e que ficará depois no final do jogo na posse do delegado de cada equipa seja uma fotocopia da ficha original que fica na posse da equipa de arbitragem e irá para os serviços através da leitura magnética de cada vinheta validar a presença dos jogadores e dos dirigentes em cada jogo,

      Desta forma pelo atrás exposto houve uma redução significativa dos custos para os clubes , porque assim não têm que utilizar vinhetas a duplicar em cada jogo , bem como uma redução temporal no preenchimento das fichas de jogo , porque basta preencher uma e tirar uma copia e têm o problema resolvido , por isso dizer que é para arrecadarem mais uns euros como é habito está completamente fora de contexto e penso que devia refletir um pouco antes de fazer as afirmações que fez .

      Agora uma coisa é certa não podemos querer estar dentro do futebol federado , e depois achar que não necessitamos de cumprir os regulamentos e legislação em vigor do mesmo , e que as mesmas são muito complicadas para poderem ser aplicadas .

      Eu costumo dar um exemplo do casamento , ou queremos estar e procuramos as melhores soluções e as melhores comportamentos para o mesmo vingar e ser um sucesso ou então seguimos o nosso caminho , mas assumindo o mesmo por ter sido essa a nossa opção.

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